Mais uma temporada cheinha de elogios.
Com o fim da 3ª temporada, dizemos “Adeus!” à controversa
Martha Jones e, após um especial de Natal com ninguém menos que Kylie Minogue
se enroscando com o Doutor, logo dizemos “Olá!” para Donna Noble (Catherine
Tate) como a nova companheira de aventuras do Doutor e se preparem, por que
essa mulher é tão maluca como o último dos Timelords!
Donna é recalcada, brava, escandalosa, debochada, rabugenta
e não tem como não amá-la, Catherine Tate compôs uma personagem tão cativante
que consegue caminhar entre a comédia pastelão (“Partners in Crime”) e o drama
(“Planet of the Ood”) com uma facilidade incrível que só contribui para o
roteiro que continua bem amarrado mesmo tendo todos os motivos do mundo para
ser um fracasso. E obviamente, Donna não seria incrível do jeito que é sem o
Doutor, pois eles têm uma química espetacular! Sim, eu falei isso da interação
entre o Doutor e a Rose na segunda temporada. Mas a verdade é que David Tennant
é tão incrível como Doutor que conseguiria criar uma boa interação até com uma
pedra!
OK, eu admito, dentre todas as companions do Doutor até este
exato momento, Donna foi a melhor, sem desmerecer as outras, claro. Até porque
esta quarta temporada de Doctor Who não foi feita só de Donna Noble, já que
outro personagem também despontou na temporada: Wilfred (Bernard Cribbins), avô de Donna que construiu ao longo da temporada uma ótima relação
com o Doutor que surpreende por ter funcionado tão bem quanto os outros personagens.
Outra coisa que funcionou foi já começarem a dar dicas do
que teremos nas próximas temporadas, com a rápida introdução da River Song
(Alex Kingston), personagem que irá marcar presença nas próximas temporadas.
Também não posso deixar de destacar “The Stolen Earth” e “Jorney’s
End”, pois temos uma grande reunião de pessoas que já passaram por Doctor Who,
como Rose, seu ex-namorado Mickey (Noel Clarke) e sua mãe Jackie (Camille
Coduri). A já citada Martha Jones e as estrelas do spin-off The Sarah Jane
Adventures: a ex-companion Sara Jane (Elisabeth Sladen), seu filho Luke (Tommy
Smith) e o cão-robô K-9. Isso sem falar da participação do Capitão Jack
Harkness (John Barrowman) e seus companheiros de Torchwood, Gwen (Eve Myles) e
Ianto (Gareth David-Lloyd) e também da ex-primeira ministra Harriet Jones
(Penelope Wilton). Ufa! Todas essas pessoas em dois episódios incríveis e que
são um deleite para todo fã antigo e atual de Doctor Who.
É por isso que Doctor Who é boa: consegue criar um universo
coerente em meio à histórias que poucos conseguiriam desenvolver com tamanha segurança.
Sim, já falei isso nas outras reviews, mas não canso de repetir isso, pois é a
mais pura verdade.
É uma pena que essa tenha sido a ultima temporada com David
Tennant, pois ele é espetacular, trouxe um drama para o Doutor que emociona a
todos com sua personalidade que esconde amargura e arrependimento com piadas e
trejeitos divertidos. Tennant é a definição exata do que é o Doutor: alguém que
ajuda as pessoas pelo simples fato que ele tem um grande potencial e “podia
fazer muito mais” e no fim sempre termina com pessoas que ama feridas ou mortas
(Donna, o Mestre, Cpt. Adelaide, Astrid e muitas outras). A explosão de raiva do
Doutor no fim de “The End of Time” é simplesmente linda de se ver, em que caem
as piadinhas e os trejeitos divertidos e vemos o quão amargurado ele pode ser,
David Tennant mostra como ele é talentoso e nos entrega um fim digno para este
Doutor, sim Tennant “podia fazer muito mais” como Doutor, mas só o que ele fez
em todos os 48 episódios valeu a pena, e muito!
E que venha a 5ª temporada, desta vez com Matt Smith, o 11th
Doctor!
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