quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Doctor Who – 6ª temporada



Steven Moffat é um canalha desprezível, masoquista e muito, mas muito mesmo, genial!


Calma gente, não me matem por chamar o Moffs de canalha, é canalha no bom sentido (!?), até porque, se não fosse por ele e sua filhadaputice genial, não teria terminado minha maratona de Doctor Who juntinho com todo mundo que acompanhou a série semana após semana nessa 6ª temporada.

Sou fã confesso e muito xiita de DW, mas não posso deixar passar o fato de que esta não foi minha temporada favorita da série (posto da 4ª), que mostrou o Doutor jurado de morte por uma organização megaevil chamada O Silêncio, e quem foi contratado pra matar o ultimo dos Timelords? A maravilhosa River Song!

Mas não a River Song que a gente conheceu em “The Time of Angels”, ela é a River Song do passado, que só queria dar cabo da vida do Doutor, mas acabou se apaixonando por ele e aí sim virou a River Song que a gente conhece. A River Song que a gente conheceu em “The Time of Angels” é a mesma River Song que é a do futuro do Doutor, que na verdade é a River Song que queria matar o Doutor por que foi treinada desde os tempos de Melodia do Lago (?!) pelo Silêncio para matar o Doutor e se tornar a River Song que foi presa e escapou da cadeia em “The Time of Angels”. Tá difícil entender, né? Eu disse pra vocês que o Moffat era um canalha.

Muita gente reclamou que Doctor Who virou The River Song Adventures e que Alex Kingston está para Moffat assim como Johnny Depp está para Tim Burton, eu discordo da parte da The River Song Adventures. Conseguiram equilibrar bem as aparições da River e devem ter percebido que River só funciona em doses homeopáticas, se aparecer muito estraga, embora eu tenha a impressão que a 7ª temporada será só River e Doutor, então espero que até lá consigam fazer ela ficar bacana mesmo full time.

Acredito que o principal problema dessa temporada tenha sido a história principal ter se prolongado demais, ficou muito extensa e episódios como “The Doctor’s Wife”, “Night Terrors” e “The God Complex” que deveriam ser mais uma aventura divertida do Doutor viraram episódios enche-lingüiça, já que focaram tanto na trama principal que ficou muito desequilibrado, coisa que não acontecia na temporada anterior, em que equilibraram bem as histórias fechadas com a história principal.

Voltando a falar de Steven Moffat, o cara é tão FDP que pega a trama da temporada anterior e só muda nomes e situações, tem um grupo de vilões megaevil querendo derrotar o Doutor, o Doutor faz algum malabarismo e escapa dos vilões, só que o universo/planeta desanda mesmo assim e todo mundo vai parar numa versão apocalíptica da Terra/universo. Aí o Doutor tira alguma carta da manga e faz tudo voltar a ser como antes, isso inclui todo mundo se esquecer do que aconteceu, exceto ele, Amy, River e Rory (a menos que ele morra pela milionésima vez). Nada acontece realmente, isso é o que eu sinto falta das temporadas anteriores, a Terra foi parar na Cascata Medusa (é esse o nome?) na 4ª temporada e todo mundo lembra, os Cybermens invadiram a Terra na 2ª temporada e todo mundo lembra. Deu pra sentir muita falta da Doctor Who de antigamente nessa temporada, poxa, se só uns gatos pingados notaram que o tempo não se movia, por que não colocaram Martha Jones no meio da festa?! Talvez o Capt. Jack pro Rory ficar enciumado? Afinal eles, e muitos outros, também tiveram contato com o Doutor e uma vez dentro da TARDIS, nunca mais você deixa de estar conectado a ela, faria MUITO sentido se eles estivessem lá.

OK, esses problemas não são o fim do mundo e Moffat conseguiu fazer uma história “requentada” continuar interessante, ele ainda manda bem no que faz e Matt Smith também, até porque ele tem uma química incrível com Arthur Darvill, ele que passou de coadjuvante sem importância para Rory, alguém realmente fiel à Amy e que faz o possível para reavê-la, como vimos no ótimo “The Girl Who Waited”, esse episódio, por sinal, contou com a ótima atuação de Karen Gillan que continua estonteantemente linda até com maquiagem pra envelhecer.

E que venha a 7ª temporada, dessa vez sem maratonas pra mim, mas dá tempo pra você aproveitar esse tempo sem Doctor Who e fazer a sua própria maratona, garanto que você não irá se arrepender!

Um comentário:

  1. Acho que essa ideia do reboot do Universo cancelar a ultima regeneração da River não funcionaria, porque é a mesma lógica dela se lembrar de tudo: ela estava no olho da tempestade, o reboot não funcionaria com ela. Assim penso eu.

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