Um por todos, e todos pelo tradicional arroz com feijão!
Aí ela me lança The Musketeers, modernizando o clássico de Alexandre
Dumas trazendo uma linguagem ágil, procedural e bastante segura de suas
intenções: divertir.
Quando a viagem à Paris de d’Artagnan (Luke Pasqualino) e
seu pai é interrompida por um assalto a estalagem em que eles estava hospedados,
o jovem parte rumo á Capital francesa enfrentar Athos (Tom Burke), um
mosqueteiro que d’Artagnan acredita ser o culpado pelo crime, afinal os
bandidos estavam vestidos como Mosqueteiros, os cavalheiros fodalhões da época.
Mas nem tudo é o que parece, Athos é condenado à morte não
apenas pelo ataque à estalagem, mas pelo assassinato e assalto de muitos outros
viajantes. Athos jura pela sua inocência e seus parceiros, Porthos (Howard
Charles) e Aramis (Santiago Cabrera)partem investigar os crimes, acompanhados
agora de d’Artagnan que começa a acreditar na inocência do Mosqueteiro.
No centro de tudo isso ainda há o perigoso Cardeal Richelieu
(Peter Capaldi), que só quer a prosperidade dele mesmo... digo, da França. Para
isso, o Cardeal se alia a sedutora Milady de Winter (Maimie McCoy), que tem um
passado secreto com Athos e um presente bastante caliente com d’Artagnan.
É interessante como que temos todos os elementos que já
conhecemos de adaptações prévias reunidas na série, as conspirações, os duelos
e a sensualidade. Mas essas abordagens já conhecidas são mostradas com uma
bem-vinda naturalidade, lógico que foi forçado a Milady se enroscar com aquele
frango do d’Artagnan logo de cara (alguém dá um prato de comida praquele guri,
Deus do céu), mas vai ser interessante que a bitch megaevil tem tramoias com o
Cardeal, passado com Athos e tcherecotcheco-no-futcheco com d’Artagnan, fica a
duvida para saber como vai ser o desfecho dessa história.
Os acertos da série já começam pela escolha de elenco:
Athos, Porthos e Aramis foram bem representados por Tom Burke, Howard Charles e
Santiago Cabrera, respectivamente, cada um representando com competência as
funcionalidades já pré-estabelecidas de qualquer grupo.
Luke Pasqualino traz um frescor à série no melhor estilo
delinquente juvenil, algo que ele deve ter aprendido a fazer muito bem nos
tempos de Skins. Peter Capaldi, o 12º Doutor não poderia ser escolha melhor
para o vilão da vez, um prato cheio para os Whovians que querem conhecer mais
sobre o trabalho do ator enquanto a nova temporada de Doctor Who não vem.
O que cativa em The Musketeers é a simplicidade, nada de
tramas megalomaníacas nem explosões a cada dois minutos, a série segue o padrão
BBC de qualidade não dando um passo maior que a perna e, como disse, fazendo o
arroz com feijão muito bem feito.
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