Simples demais, competente... talvez.
Isso é basicamente o que resume Alphas, a nova série de
ficção cientifica do SyFy (saca a redundância). Mostrando-se despretensiosa e
bastante simplória logo em seu primeiro episódio, levanta a questão se vale ou
não a pena comprar a idéia da série.
No primeiro episódio, somos apresentados aos Alphas, pessoas
aparentemente comuns que tem a capacidade de maximizar o potencial cerebral,
começando pelo ex-agente do FBI, Bill Harken (Malik Yoba) que tem a capacidade
de ativar a adrenalina ao máximo, provocando uma força fora do normal, além de
uma transpiração medonha (marcas de desodorantes anti-transpirantes já
manifestaram interesse em patrocinar a série). Também temos a controladora de
mentes Nina Theroux (Laura Menell) e o peculiar Gary Bell (Ryan Cartwright), um
jovem que tem a capacidade de ver ondas eletromagnéticas. Por ultimo, mas não
menos importante, temos Rachel Pizard (Azita Ghanizada), capaz de maximizar um
de seus sentidos quando lhe convem, o que acarreta na perda momentânea dos
outros quatro, colocando-a em perigo muitas vezes.
Todos esses cidadãos excepcionais são treinados pelo Dr.
Leigh Rosen (David Strathairn), que acaba usando as habilidades de seus pupilos
para solucionar crimes inexplicáveis, a começar pelo assassinato de um
informante da CIA dentro de uma sala de interrogatório totalmente lacrada. A
investigação os leva até Cameron Hicks (Warren Christie), um ex-jogador de
basebol que nem desconfia ser um Alpha capaz de alcançar uma perfeita sincronia
entre mente e corpo, além disso, Cameron também nem desconfia que ele está sendo
usado por uma organização terrorista com propósitos ainda não revelados.
Como disse no começo, Alphas parece simplório de inicio, com
uma apresentação de personagens que deixa nítido quem é quem, ou seja, não
precisa ter um PHD em ciência quântica para entender, e é justamente essa simplicidade que torna tudo bastante
divertido de ver, além da edição, adota uma postura bastante ágil, com cortes rápidos
que ajuda a manter um ritmo bacana até nas cenas de pura falação.
E pro mais que os personagens são simplórios, eles não são
menos interessantes, os trejeitos de Gary são bacanas, principalmente pela
munhequeira que ele usa já que movimenta com freqüência as mãos (favor
desconsiderar a malicia dessa parte), ele adota uma personalidade que pode ser
confundida com autismo, dando a entender que alguns autistas podem ser na
verdade Alphas que não foram descobertos.
Os efeitos especiais também são bem feitos, até por que a
SyFy nunca deixou a desejar nesse qusito e as cenas de ação são competentes,
pra ser mais exato, a série se mostra competente nesse episódio, não se leva a
sério demais e até falha em algumas coisas, como a excessiva exposição do
amadorismo de todos os membros da equipe e até na chatice de Bill, mas nada que
prejudique muito.
Resta saber se Alphas vai conseguir manter essa competência ao
longo dos episódios, eu espero muito que sim.
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