Mimimi.
Aí eu fiquei sabendo que ela foi cancelada. Chato isso, né?
Pois bem, série cancelada/finalizada, apesar dos pesares, é mais fácil de
acompanhar, afinal não tem aquela pressão de correr para conseguir acompanhar
tudo junto com a galera e o Netflix tem as duas temporadas de The Hour lindas,
legendadas e até dublada se preferir. AÍ SIM!
Essa segunda temporada conta com o retorno do A Hora, ainda
sob o comando e Bel, tendo como novo editor-chefe o sistemático Randall Brown
(Peter Capaldi), com quem teve uma filha com Lix (Anna Chancellor), que foi
levada a um orfanato em Paris nos tempos de guerra. Enquanto isso, Hector lida
com uma crise no casamento ao se envolver com Kiki Delaine (Hannah Tointon),
uma vedete que se apresenta no El Paradis, um clube que recebe todos os
poderosos de Londres, sob o comando do poderosíssimo e perigoso Raphael Cilenti
(Vincent Riotta). Mas cadê Freddie? Ah, ele foi pra Paris, ficou barbudo e se
casou com uma francesa fogosa. Mas relaxa que ele volta para a equipe do “A
Hora” no exato momento em que Hector é acusado de agredir Kiki, o trio começa
uma investigação e descobre todo um submundo de troca de favores, interesses e
suborno comandado por Cilenti envolvendo políticos britânicos que comandam o
sistema de defesa antimísseis nucleares em tempos de Guerra Fria.
Seguindo a primeira temporada, é interessante ver como um
caso aparentemente sem importância como a acusação de agressão toma proporções
gigantescas, de forma natural, ponto para o roteiro bem amarrado da série, que constrói
tensão sem apelar e mantém uma constante no desenvolvimento dos personagens.
Freddie e Bel funcionam tão bem juntos, são o Mulder e
Scully de uma nova geração da TV, mantendo a tensão sexual por baixo dos panos
enquanto interage com uma química tremenda e sem soar forçada, a dupla convence
o publico e cativa muito, fazendo-nos soltar gritos histéricos de alegria com
uma evolução muito boa no relacionamento dos dois.
Destaco também a ótima história de Lix e Brown, que admito
ter começado enfadonha e desinteressante, mas teve um desfecho tão belo e
comovente que só me resta parabenizar a atuação de Peter Capaldi e Anna
Chancellor. Esse plot exemplifica perfeitamente como The Hour conduziu seus
personagens e tramas em uma ascendente de qualidade, não deu um passo maior que
a perna em momento algum e não patinou com subtramas desinteressantes só pra
preencher a duração do episódio, cada elemento dessa segunda temporada teve um
porquê de estar ali e juntos fez com que essa série pequena tomasse proporções
épicas.
É muito triste olhar para a segunda temporada (que terminou
lindamente) e saber que não teremos um terceiro ano, é horrível ver que não só
The Hour, mas muitas séries da BBC não alcancem bons índices de audiência e acabam
sendo canceladas (#sdds The Fades), The Hour havia sido planejada para três
temporadas e como ela não aconteceu, tivemos um desfecho brusco, deixando
imensas pontas soltas que provoca ódio em qualquer um.
Curiosamente, me recuso a terminar séries, ainda não
terminei Chuck, nem Damages e muito menos Smallville, não me dou com finais e o
fim abrupto de The Hour só faz aumentar esse trauma. Considerando o fato de que
quando uma série acaba, o que marca mais é como ela acaba, The Hour terminou
tão bem que fica a duvida se ficamos satisfeitos por duas temporadas perfeitas
ou se odiamos a idéia de que a série acabou sem um final propriamente dito, tem
horas que se agarrar ao conjunto da obra não dá tão certo assim e The Hour é um
exemplo. Uma terceira temporada é mais que necessária.
Agora façam o favor de pegar essa ultima frase e mandar pra
todos os canais de TV da face da Terra! É sério.
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