quinta-feira, 18 de julho de 2013

The Hour – 2ª temporada




Mimimi.

Faz quase dois anos que eu vi a primeira temporada de The Hour, série britânica de época que mostrava os bastidores de um telejornal inovador da BBC, o “A Hora” do titulo. Tinha tomado como uma das melhores séries de todos os tempos e era simplesmente apaixonado pelo trio de protagonistas Freddie (Ben Wishaw), Bel (Romola Garai) e Hector (Dominic West). Tudo muito bom, tudo muito bem, mas aí eu deixei passar a segunda termporada, 56164354 coisas aconteceram nesse período e acabei deixando pra trás essa série tão boa.

Aí eu fiquei sabendo que ela foi cancelada. Chato isso, né? Pois bem, série cancelada/finalizada, apesar dos pesares, é mais fácil de acompanhar, afinal não tem aquela pressão de correr para conseguir acompanhar tudo junto com a galera e o Netflix tem as duas temporadas de The Hour lindas, legendadas e até dublada se preferir. AÍ SIM!

Essa segunda temporada conta com o retorno do A Hora, ainda sob o comando e Bel, tendo como novo editor-chefe o sistemático Randall Brown (Peter Capaldi), com quem teve uma filha com Lix (Anna Chancellor), que foi levada a um orfanato em Paris nos tempos de guerra. Enquanto isso, Hector lida com uma crise no casamento ao se envolver com Kiki Delaine (Hannah Tointon), uma vedete que se apresenta no El Paradis, um clube que recebe todos os poderosos de Londres, sob o comando do poderosíssimo e perigoso Raphael Cilenti (Vincent Riotta). Mas cadê Freddie? Ah, ele foi pra Paris, ficou barbudo e se casou com uma francesa fogosa. Mas relaxa que ele volta para a equipe do “A Hora” no exato momento em que Hector é acusado de agredir Kiki, o trio começa uma investigação e descobre todo um submundo de troca de favores, interesses e suborno comandado por Cilenti envolvendo políticos britânicos que comandam o sistema de defesa antimísseis nucleares em tempos de Guerra Fria.

Seguindo a primeira temporada, é interessante ver como um caso aparentemente sem importância como a acusação de agressão toma proporções gigantescas, de forma natural, ponto para o roteiro bem amarrado da série, que constrói tensão sem apelar e mantém uma constante no desenvolvimento dos personagens.

Freddie e Bel funcionam tão bem juntos, são o Mulder e Scully de uma nova geração da TV, mantendo a tensão sexual por baixo dos panos enquanto interage com uma química tremenda e sem soar forçada, a dupla convence o publico e cativa muito, fazendo-nos soltar gritos histéricos de alegria com uma evolução muito boa no relacionamento dos dois.

Destaco também a ótima história de Lix e Brown, que admito ter começado enfadonha e desinteressante, mas teve um desfecho tão belo e comovente que só me resta parabenizar a atuação de Peter Capaldi e Anna Chancellor. Esse plot exemplifica perfeitamente como The Hour conduziu seus personagens e tramas em uma ascendente de qualidade, não deu um passo maior que a perna em momento algum e não patinou com subtramas desinteressantes só pra preencher a duração do episódio, cada elemento dessa segunda temporada teve um porquê de estar ali e juntos fez com que essa série pequena tomasse proporções épicas.

É muito triste olhar para a segunda temporada (que terminou lindamente) e saber que não teremos um terceiro ano, é horrível ver que não só The Hour, mas muitas séries da BBC não alcancem bons índices de audiência e acabam sendo canceladas (#sdds The Fades), The Hour havia sido planejada para três temporadas e como ela não aconteceu, tivemos um desfecho brusco, deixando imensas pontas soltas que provoca ódio em qualquer um.

Curiosamente, me recuso a terminar séries, ainda não terminei Chuck, nem Damages e muito menos Smallville, não me dou com finais e o fim abrupto de The Hour só faz aumentar esse trauma. Considerando o fato de que quando uma série acaba, o que marca mais é como ela acaba, The Hour terminou tão bem que fica a duvida se ficamos satisfeitos por duas temporadas perfeitas ou se odiamos a idéia de que a série acabou sem um final propriamente dito, tem horas que se agarrar ao conjunto da obra não dá tão certo assim e The Hour é um exemplo. Uma terceira temporada é mais que necessária.

Agora façam o favor de pegar essa ultima frase e mandar pra todos os canais de TV da face da Terra! É sério.

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