quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

The Musketeers – 1x01: “Friends and Enemies”




Um por todos, e todos pelo tradicional arroz com feijão!

A BBC tem uma capacidade incrível de modernizar clássicos, seja no roteiro ou na abordagem, ela fez coisas muito boas com Merlin (comecei a ver fielmente pelo  Netflix, preciso terminar), tentou e, apesar de ter tido bons resultados, não vingou com uma releitura de Leonardo Da Vinci e acertou em cheio com a ótima Sherlock.

Aí ela me lança The Musketeers, modernizando o clássico de Alexandre Dumas trazendo uma linguagem ágil, procedural e bastante segura de suas intenções: divertir.

Quando a viagem à Paris de d’Artagnan (Luke Pasqualino) e seu pai é interrompida por um assalto a estalagem em que eles estava hospedados, o jovem parte rumo á Capital francesa enfrentar Athos (Tom Burke), um mosqueteiro que d’Artagnan acredita ser o culpado pelo crime, afinal os bandidos estavam vestidos como Mosqueteiros, os cavalheiros fodalhões da época.

Mas nem tudo é o que parece, Athos é condenado à morte não apenas pelo ataque à estalagem, mas pelo assassinato e assalto de muitos outros viajantes. Athos jura pela sua inocência e seus parceiros, Porthos (Howard Charles) e Aramis (Santiago Cabrera)partem investigar os crimes, acompanhados agora de d’Artagnan que começa a acreditar na inocência do Mosqueteiro.

No centro de tudo isso ainda há o perigoso Cardeal Richelieu (Peter Capaldi), que só quer a prosperidade dele mesmo... digo, da França. Para isso, o Cardeal se alia a sedutora Milady de Winter (Maimie McCoy), que tem um passado secreto com Athos e um presente bastante caliente com d’Artagnan.

É interessante como que temos todos os elementos que já conhecemos de adaptações prévias reunidas na série, as conspirações, os duelos e a sensualidade. Mas essas abordagens já conhecidas são mostradas com uma bem-vinda naturalidade, lógico que foi forçado a Milady se enroscar com aquele frango do d’Artagnan logo de cara (alguém dá um prato de comida praquele guri, Deus do céu), mas vai ser interessante que a bitch megaevil tem tramoias com o Cardeal, passado com Athos e tcherecotcheco-no-futcheco com d’Artagnan, fica a duvida para saber como vai ser o desfecho dessa história.

Os acertos da série já começam pela escolha de elenco: Athos, Porthos e Aramis foram bem representados por Tom Burke, Howard Charles e Santiago Cabrera, respectivamente, cada um representando com competência as funcionalidades já pré-estabelecidas de qualquer grupo.

Luke Pasqualino traz um frescor à série no melhor estilo delinquente juvenil, algo que ele deve ter aprendido a fazer muito bem nos tempos de Skins. Peter Capaldi, o 12º Doutor não poderia ser escolha melhor para o vilão da vez, um prato cheio para os Whovians que querem conhecer mais sobre o trabalho do ator enquanto a nova temporada de Doctor Who não vem.

O que cativa em The Musketeers é a simplicidade, nada de tramas megalomaníacas nem explosões a cada dois minutos, a série segue o padrão BBC de qualidade não dando um passo maior que a perna e, como disse, fazendo o arroz com feijão muito bem feito.

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