Surpresaaa!!!!
Sleepy Hollow adapta a clássica história da lenda do
Cavaleiro sem Cabeça (quem não viu o filme do Tim Burton, veja, é na época em
que a dupla Burton/Depp valia a pena) para os dias de hoje, em que o Cavaleiro
sem cabeça era um mercenário que lutava na Guerra Civil americana, até que Ichabod
Crane (Tom Mison), um soldado britânico que deserta após se apaixonar pela
misteriosa Katrina (Katia Winter), decepa a cabeça do mercenário no meio da
batalha nos arredores de Sleepy Hollow,
mas não sem antes ser ferido gravemente pelo cara megaevil. Ichabod acorda
subitamente numa tumba misteriosa e descobre que se passaram 200 anos desde sua
suposta morte.
A “força do destino” (CRANE, Ichabod) o faz se encontrar com
Abbie Mills (Nicole Beharie), uma jovem policial de Sleepy Hollow que irá
partir para Quantico treinar na academia do FBI, mas tudo muda quando uma série
de decapitações começam a ocorrer na cidade. O culpado? Só o mercenário que o
recém-ressuscitado Ichabod matou na mesma época em que Mel Gibson dava uma de
revolucionário em O Patriota. Juntos eles descobrem que o mercenário é um dos
quatro cavaleiros do Apocalipse, a Morte, e que ele vai fazer de tudo para
libertar seus outros amiguinhos e iniciar uma festança muito megaevil na Terra.
Sleepy Hollow teve uma temporada deliciosa de 13 episódios
que mantiveram um bom nível. Conseguiram distribuir muito bem a mitologia e a
trama da série, não gastando muito tempo com tramas desinteressantes como o
drama familiar do Capitão Irving (Orlando Jones) que nada mais era do que
preparação de terreno para “Vessel” (1x11), o melhor episódio da temporada, ainda
não sei se eu gosto do desfecho para a história do Capitão Irving nessa
primeira temporada, mas pode sair coisa boa daí na já confirmada segunda
temporada.
Gostei bastante de Sleepy Hollow pelo simples fato que ela me
faz lembrar das primeiras temporadas de Supernatural, com bons fillers que não são
desconexos com a mitologia da série. A temática sobrenatural só funciona se não
tiverem uma mitologia bem trabalhada e com uma boa amarração, coisa que Ichabod
e seus amigos conseguiram carregar muito bem.
Entretanto porém contudo, Sleepy Hollow soou didática demais
em diversos momentos, “The Midnight Ride” (1x07), por exemplo, gastou belos
minutos de cena com Ichabod e Abbie explicando a trama um pro outro com direito
a flashbacks e tudo mais, coisa que não precisava. Um rápido “Previously on
Sleepy Hollow” já bastava (em várias ocasiões, coisa que o pubico sabia e foi
lembrado pelo “previously”, pelo flashback e pela tagarelice). Outra coisa que
me incomoda é o fator “quero ser foda” da série, dá pra fazer uma boa série sobrenatural
sem tanta pretensão. FOX é FOX, HBO é HBO.
Tom Mison e Nicole Beharie estavam no piloto automático
durante a temporada inteira, tivemos bons momentos de ambos, mas não vi nenhuma
profundidade para eles que valha a pena ser comentada, infelizmente. Por outro
lado, o elenco de apoio se sobressaiu com o policial interpretado por John Cho
que curtia umas confabulações com o capeta. Jenny Mills (Lindye Greenwood),
irmã de Abbie conquistou devagarzinho seu espaço e de repente gritava
declarações de amor pela atriz e pela personagem que vai integrar o elenco
regular da série na próxima fall season.
Boa noticia mesmo é saber que John Noble também irá integrar
o elenco de Sleepy Hollow na 2ª temporada. Noble é sensacional, ponto. A
evolução de seu Henry Parish é boa-dimais-da-conta!
Em tempos de vacas magras na Fall Season, Sleepy Hollow se
revelou uma excelente surpresa, não está livre de erros e tropeços nessa
primeira temporada e nem vai escapar disso mais pra frente, mas fazer o quê?!
É o que tem pra hoje.
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