sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Sleepy Hollow – 1ª temporada




Surpresaaa!!!!

Quando saiu o upfront das séries da fraca fall season de 2013, não sabia se ria ou se gargalhava com a patacoada que parecia essa Sleepy Hollow, promo de série nunca empolga mesmo, ainda mais se for aquelas de quatro minutos que torram todos os bons momentos do episódio piloto no trailer pra conseguir vender bem o peixe (comédia tem o péssimo hábito de fazer isso). Mas aí eu estava errado, Sleepy Hollow não é que manda bem?! Gostei bastante do que vi, sério.

Sleepy Hollow adapta a clássica história da lenda do Cavaleiro sem Cabeça (quem não viu o filme do Tim Burton, veja, é na época em que a dupla Burton/Depp valia a pena) para os dias de hoje, em que o Cavaleiro sem cabeça era um mercenário que lutava na Guerra Civil americana, até que Ichabod Crane (Tom Mison), um soldado britânico que deserta após se apaixonar pela misteriosa Katrina (Katia Winter), decepa a cabeça do mercenário no meio da batalha nos arredores de Sleepy  Hollow, mas não sem antes ser ferido gravemente pelo cara megaevil. Ichabod acorda subitamente numa tumba misteriosa e descobre que se passaram 200 anos desde sua suposta morte.

A “força do destino” (CRANE, Ichabod) o faz se encontrar com Abbie Mills (Nicole Beharie), uma jovem policial de Sleepy Hollow que irá partir para Quantico treinar na academia do FBI, mas tudo muda quando uma série de decapitações começam a ocorrer na cidade. O culpado? Só o mercenário que o recém-ressuscitado Ichabod matou na mesma época em que Mel Gibson dava uma de revolucionário em O Patriota. Juntos eles descobrem que o mercenário é um dos quatro cavaleiros do Apocalipse, a Morte, e que ele vai fazer de tudo para libertar seus outros amiguinhos e iniciar uma festança muito megaevil na Terra.

Sleepy Hollow teve uma temporada deliciosa de 13 episódios que mantiveram um bom nível. Conseguiram distribuir muito bem a mitologia e a trama da série, não gastando muito tempo com tramas desinteressantes como o drama familiar do Capitão Irving (Orlando Jones) que nada mais era do que preparação de terreno para “Vessel” (1x11), o melhor episódio da temporada, ainda não sei se eu gosto do desfecho para a história do Capitão Irving nessa primeira temporada, mas pode sair coisa boa daí na já confirmada segunda temporada.

Gostei bastante de Sleepy Hollow pelo simples fato que ela me faz lembrar das primeiras temporadas de Supernatural, com bons fillers que não são desconexos com a mitologia da série. A temática sobrenatural só funciona se não tiverem uma mitologia bem trabalhada e com uma boa amarração, coisa que Ichabod e seus amigos conseguiram carregar muito bem.

Entretanto porém contudo, Sleepy Hollow soou didática demais em diversos momentos, “The Midnight Ride” (1x07), por exemplo, gastou belos minutos de cena com Ichabod e Abbie explicando a trama um pro outro com direito a flashbacks e tudo mais, coisa que não precisava. Um rápido “Previously on Sleepy Hollow” já bastava (em várias ocasiões, coisa que o pubico sabia e foi lembrado pelo “previously”, pelo flashback e pela tagarelice). Outra coisa que me incomoda é o fator “quero ser foda” da série, dá pra fazer uma boa série sobrenatural sem tanta pretensão. FOX é FOX, HBO é HBO.

Tom Mison e Nicole Beharie estavam no piloto automático durante a temporada inteira, tivemos bons momentos de ambos, mas não vi nenhuma profundidade para eles que valha a pena ser comentada, infelizmente. Por outro lado, o elenco de apoio se sobressaiu com o policial interpretado por John Cho que curtia umas confabulações com o capeta. Jenny Mills (Lindye Greenwood), irmã de Abbie conquistou devagarzinho seu espaço e de repente gritava declarações de amor pela atriz e pela personagem que vai integrar o elenco regular da série na próxima fall season.

Boa noticia mesmo é saber que John Noble também irá integrar o elenco de Sleepy Hollow na 2ª temporada. Noble é sensacional, ponto. A evolução de seu Henry Parish é boa-dimais-da-conta!

Em tempos de vacas magras na Fall Season, Sleepy Hollow se revelou uma excelente surpresa, não está livre de erros e tropeços nessa primeira temporada e nem vai escapar disso mais pra frente, mas fazer o quê?!

É o que tem pra hoje.

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