terça-feira, 3 de julho de 2012

Continuum – 1x01: “A Stitch in Time” e 1x02: “Fast Times



Wibbly wobbly timey winey... stuff com sotaque canadense.

Convenhamos, séries canadenses nunca tiveram muita tradição, principalmente comigo, poucas me cativaram (Flashpoint e Insecurity) e uma me fisgou perfeitamente (Being Erica). Continuum é a nova aposta do canal canadense Showcase e, por enquanto, pelos dois únicos episódios que vi, ela será a primeira série que finalmente me pegou de jeito.

É o ano de 2072 e o poder publico está falido, se rendendo às grandes corporações, que não pensaram duas vezes em assumir o poder para “salvar” o mundo, no meio disso tudo está Kiera Cameron (Rachel Nichols), uma policial que tem uma roupa que lava, passa, cozinha, muda de cor, acessa caixas eletrônicos, acessa twitter, facebook e até atualiza automaticamente sua Farmville, caso precise colher aquela arvore de Jabuticaba antes que ela apodreça. Enfim, ela é uma badass mothafócka que precisa deter os Liber8, um grupo de radicais que acreditam que o governo corporativo é maior furada e que os Eike Batistado futuro tão detonando com a liberdade das pessoas.

Logo, a Liber8 vai pro topo da lista dos mais procurados e, após eles demolirem um prédio inteiro com pessoas dentro em forma de protesto, eles finalmente são capturados por Kiera, levados a julgamento e na hora da execução, em que os Liber8 estavam todos aprumadinhos para botar em pratica seu plano de voltar 6 anos no tempo e escapar da prisão, Kiera entra no meio da festa e ela viaja junto com o grupo megaevil não para seis, mas para SESSENTA anos atrás (mais precisamente 2012), agora ela precisa capturar de volta os Liber8, escapar dos olhos tortos do seu parceiro Carlos Fonnegra (Scott Webster), que acha que os Liber8 são só um grupo de paspalhos querendo encrenca e, principalmente, voltar para 2072, onde deixou seu filhote com o papai.

O mais bacana de Continuum, além da roupa faz-tudo, é o climinha sessão da tarde dos episódios, tudo com uma formulinha redonda, Kiera mal chega ao passado e já tem seu sidekick, o nerd Alec Sadler (Erik Knudsen), que em 2012 esta desenvolvendo a tecnologia da qual é feita o computador ambulante que é Kiera. Isso sem falar da ação, que até se mostra competente ao fazer Carlos e Kiera se escondendo de balas atrás de uma lona de plástico, tudo uma questão de detalhes. Continuum tem um potencial enorme e uma história que consegue te fisgar por se mostrar coerente.

Acredito que o principal problema de Continuum seja a motivação dos personagens. Até porque não faço a mínima ideia de quais são os nomes dos integrantes da Liber8, a série não se preocupou em apresentá-los devidamente o que é uma pena, pois apresentar o vilão é tão importante quanto introduzir o mocinho com prudência. Do mesmo jeito, me pergunto por que deveríamos torcer por Kiera sendo que ela trabalha para o Governo Corporativo que oprimiu toda e qualquer espécie de liberdade, enquanto que os Liber8 apenas querem ter a liberdade do povo de volta? A motivação do grupo me soa bem mais coerente que a motivação de Kiera.

Ainda estamos no segundo episódio, ainda falta muito o que explorar, ainda falta muito o que melhorar e ainda falta muito para desistir de Continuum, afinal, ainda vale a pena ver pela gatinha da Rachel Nichols..

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