quinta-feira, 28 de março de 2013

Red Widow - 1x01/02: "Pilot/The Contact" e 1x03: "The Consignment"




Um The Good Wife mafioso e... quem diria, interessante.

Série nova da ABC, Red Widow não perde a oportunidade de usar The Good Wife como ponto de referencia, na verdade, Red Widow utiliza várias séries com mulheres fortes em situações de extrema carga emocional como referencia, não é à toa a minha comparação com The Good Wife, ou Weeds, ou US of Tara (#sdds), ou The Big C, no caso de Red Widow, comparar com essas séries não é demérito nenhum.

A tal da viúva vermelha do titulo é Marta Walraven (Radha Mitchell), esposa de Evan Walraven (Anson Mount), que é um contrabandista/traficante de drogas que utiliza seu negócio na marina de San Franscisco como fachada, trabalhando ao lado de seu BFF Mike Tomlin (Lee Tergesen) e de Irwin Petrova (Wil Traval), irmão de Marta e filho de Andrei Lazarev (Rade Serbedzija) que também tem lá seus negócios ilícitos enquanto se atraca com uma siliconada aleatória criativamente (?!) batizada pelos roteiristas de poodle.

Tudo ia muito bem até que bate uns cinco minutos no Irwin e ele rouba a carga de um tal de Schiller (Goran Visnjic), quem é Schiller?! Só o f*dalhão das drogas da cidade, do tipo o peixe grande que pode mandar te mandar só com um pigarro. Evan descobre e fica possesso, quer devolver as drogas antes que seja tarde demais, mas já é tarde demais, pois Irwin ia vender as drogas roubadas pros chineses, só que é descoberto por James Ramos (Clifton Collins Jr.), um agente do FBI que tem lá seus problemas éticos, mas que volta e meia recebe informações de Evan. Marta descobre toda a confusão e dá um ultimato pra Evan: “Ou o negócio criminoso ou eu!” E Evan decide largar tudo pra viver com a esposa e seus três filhos, Gabriel (Sterling Beaumon), Natalie (Erin Moriarty) e Boris (Jakob Salvati), todo mundo feliz da vida, certo? Errado! Na manhã seguinte a essa decisão, Evan é assassinado na garagem da casa com o pequeno Boris. Agora cabe a Marta saldar as dividas que Evan tinha com Schiller, descobrir quem foi o responsável pelo assassinato do marido, tocar a contragosto os negócios da família, criar a sua prole e chorar as pitangas pela morte do varão.

A Season Premiere de duas horas fez questão de já deixar todas as cartas na mesa, didática demais para uma série que se mostra um tanto pretensiosa por trazer tanta carga emocional devido ao tema. O que fez tudo ficar bacana é que Red Widow tem consciência de que é uma série de TV aberta, é da ABC (lar de Grey’s e Modern Family) e tem séries mamão com açúcar como carro-chefe, transformar tudo num dramalhão da AMC só afastaria as donas de casa órfãs de Desperate Housewifes, foi acertada a idéia de apostar na novela mexicana americanizada.

Red Widow é eficaz em sua intenção, não dá um passo maior que a perna e parece ter aprendido com Kevin Williamsom a jogar na cara do espectador 13151515 plot twists só pra aumentar o schock vallue e mascarar os furos do roteiro. Parte ruim é que perdem tempo com plots que poderiam ser adiados, afinal, precisam dar tanta importância assim a suspeita de Natalie, que desconfia da morte do pai?! Me digam o que ela irá fazer na série ao descobrir que papai traficava cocaína?! Vai virar traficante também?!

Por mais didática e eficiente que a Season Premiere foi, o terceiro episódio foi infinitamente melhor, sendo mais ágil e apostando na tensão de Marta não saber se é capaz de trabalhar pra Schiller e pagar a divida que herdou de Evan. Está sendo muito interessante ver a relação de Marta e Mike, formando uma dupla inusitada e a adição de Bob (Rodney Rowland) como o supervisor da marina responsável por passar o carregamento de drogas também trouxe um quê a mais na trama, uma pena que essa adição logo se tornou uma subtração, ainda é cedo pra Red Widow ir matando seus personagens, fazendo-os trocar de lado e coisas desse tipo, é um drama que depende ao máximo que o publico se identifique com seus personagens, não dá pra fazer isso se a série apresenta-os como pessoas incoerentes que hora são bonzinhos, hora são malvados, é oportuno pra série trabalhar essas questões morais dos personagens, mas não sem antes apresentar a personalidade e as motivações deles, apesar de explorar essas nuances de Marta e Mike, é necessária uma constante, coisa que The Good Wife soube fazer muito bem.

Apesar dos pesares, Red Widow me fisgou por enquanto, veremos...

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