Smash – 1x02: “The Callback”

Tá na hora do segundo ato!

Poucas séries conseguem fazer um bom primeiro episódio, e muito menos trazer um segundo episódio tão bom quanto o primeiro, o que não foi o caso de Smash, que trouxe “The Callback”, mais uma etapa na disputa para quem irá receber o papel de Marilyn Monroe no musical de Julia e Tom. Karen tem reais chances de conseguir, desde que dance e atue bem o suficiente para bater Ivy, que se engraça para o nada bobo Derek.

Devo dizer que não entendo Derek, ele é um desgraçado manipulador que coloca Ivy e Karen juntas para trocarem farpas ou um homem fiel que renega o dinheiro oferecido pelo ex de Eileen para se manter no comando do musical que ela produz? Afinal, a decisão dele sobre qual das duas escolher teve algo a ver com a abertura (?!) proporcionada por Ivy, ou ele fez uma escolha profissional? É realmente incrível ver como Smash consegue fazer a gente se questionar sobre a intenção dos personagens, de tão trabalhado que tudo é.

Outra questão é sobre como diados Eileen vai produzir o musical se ela está com o ex-marido querendo a grana dela?! Será que ela tem uma carta na manga? Mudando de assunto, a história da adoção com Julia e seu marido chatildo tem sido interessante, mesmo o marido sendo um porre e o dialogo dela com o filho aborrescente tenha sido a pior coisa que vi na série até agora (é, não da pra ser perfeito sempre).

Falando em ser perfeito, gostei de ver Karen detonando na pista de dança após ensaiar feito uma louca desvairada, e o namoradinho indiano dando piti por que ela tá se preocupando mais com o musical do que com ele foi previsível, mas bacana de ver.

Aí vocês me perguntam: Mas como assim uma série sobre fazer um musical foca na vida dos personagens e não sobre eles fazendo um musical?!

E é aí que você se engana, jovem padawan! Ver Julia e Tom montando o musical cena por cena, descartando o que é inútil e modificando o que ficou bom. Como por exemplo a idéia de colocar a fantástica “Let Me Be Your Star” no começo, e não no fim. Montando uma narrativa não linear. Sim, meu maior medo era de Marilyn The Musical acabar se tornando mais uma coisa genérica e sem profundidade, e por um tempo senti que ela estava sendo deixada de lado, mas Smash logo prova que tem tudo bem pensado. Isso sem falar que foi ótimo ouvir de novo “Let Me Be Your Star”, em um arranjo bem malandro pra não enjoar o publico, se bem que não tem como enjoar dessa musica, na verdade, não como enjoar de Smash!!