The Voice: O reality show musical da NBC que diz quebrar todos os paradigmas.
Eu não comentaria sobre The Voice aqui no blog se eu não tivesse certeza de que estamos diante de algo realmente bom, até porque se tem uma coisa que vejo com desconfiança é um reality show musical, visto que existem vários por aí e nenhum traz alguma novidade empolgante. É aí que The Voice entra, com um formato que despertou minha curiosidade.
Cee Lo Green, Blake Shelton, Christina Aguilera e Adam Levine formam o corpo de jurados disputam entre si para revelar a nova voz dos Estados Unidos, para isso, eles passam pelas “Blind Auditions”, em cada candidato irá cantar para os jurados, detalhe: eles estarão de costas para o participante, assim que um dos jurados gostar do participante, ele aperta um botão que faz sua cadeira girar, ficando de frente para o escolhido. Caso mais de um jurado tenha gostado do participante, ele terá que decidir qual deles irá treiná-lo.
Assim que cada um dos jurados tenha oito pupilos em seu time, começam a fase dos duelos, em que os membros de cada time formam duplas para duelar, quem se sair melhor e for escolhido pelo seu tutor irá pra próxima fase, quem não for escolhido, bem... vai ter que fazer as malas.
A primeira vista, pode ser difícil de entender o funcionamento do reality, mas é bem interessante a idéia de que a aparência não importa, e sim a voz, não demora a aparecer pessoas que não são o melhor exemplo de beleza sendo escolhidas por Aguilera e Adam, que tem grande parte de seu sucesso graças à aparência (XTina, por sinal, maravilhosa naquele vestido preto).
O reality peca justo no que ele é mais revolucionário, a idéia de escolher os participantes apenas pela voz é interessante, mas esta mensagem de que o que importa em The Voice é a voz acabou sendo tão falada no começo das audições que começou a ficar batido e logo perdeu a graça.
Na parte técnica, tudo está muito bom, os ângulos de câmeras são bastante interessantes ao usar e abusar de cortes rápidos, mudanças de foco rápidas e muitas, mas muitas tomadas com a grua dando uma bela visão do palco bastante amplo e bem aproveitado pelos participantes. Os jurados também são outro trunfo do reality, Blake e Adam não perdem uma boa piada, Cee Lo não perde uma boa oportunidade de cantada (afinal, ele é o Lady Killer) e Aguilera tenta e consegue emplacar apenas GIFs das suas caras e bocas(exemplos aqui, aqui e aqui).
Christina se esforça tanto para parecer legal que acaba sabotando todos os outros jurados e participantes (tirar o chapéu tudo bem, mas “brincar” pedindo pra tirar a calça é forçar demais), no melhor estilo vergonha alheia. Isso sem falar da ridícula tentativa de estabelecer uma química divertida de amor e ódio entre ela e Adam, forçado demais e só ficou divertido porque Levine sabe tirar proveito do esforço da XTina.
The Voice ainda é boa o suficiente para criar uma tensão que não é das mais empolgantes, mas consegue prender a atenção, fazendo o espectador torcer pelos jurados e cantores. No meu caso, torço para o TEAM Adam (favoritos: Jeff Jenkis e Javier Colon) e para o TEAM Cee Lo (favorito: Vicci Martinez). Mas ainda gostei de Frenchie Davis (TEAM XTina) e Tyler Robinson (TEAM Blake).
GIFs da XTina tirados da coluna Fotossintese do Seriadores Anônimos.
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