quarta-feira, 28 de setembro de 2011

The Good Wife – 1ª e 2ª temporadas



Se eu pudesse resumir minha experiência de assistir as duas primeiras temporadas de The Good Wife em uma palavra, ela seria “Corre!”


Quando The Good Wife estreou dois anos atrás, lá estava eu para acompanhar, mas logo o tímido drama jurídico sobre uma esposa traída pelo marido político foi atropelado pelas outras quinhentas séries que temos numa fall season, e TGW ficou lá, esquecida, até um mês atrás em que eu corri, ah como corri, terminando os 10 últimos episódios da 1ª temporada e já colando na 2ª para dar tempo de ver tudo até a estreia da 3ª nesse domingo (que, por sinal, foi muito boa).

E o saldo final dessa verdadeira maratona não podia ser melhor, The Good Wife saiu de série tímida na primeira temporada para se transformar em algo empolgante na 2ª.

Verdade seja dita: a 1ª temporada de TGW ficou muito no lugar comum, com casos semanais e alguns eventuais arcos envolvendo os personagens. Sim, os casos semanais eram ótimos, muito interessantes, mas parecia estar vendo uma série procedural, sendo que a história dos próprios personagens já renderiam muito. Acredito que esse lugar comum em que The Good Wife ficou aconteceu devido a ser a primeira temporada, os roteiristas devem ter ficados receosos de criar algo muito complexo já que a série podia ser cancelada a qualquer momento.

Mas na 2ª temporada, vemos uma trama continua com a corrida de Peter Florrick (Chris Noth) à novo Procurador do estado mesmo após o escândalo com as prostitutas, e como isso afeta o trabalho e a vida pessoal de Alicia (Juliana Margulies). A expansão do universo de The Good Wife fica mais evidente com a entrada de novos personagens, como Derrick Bond (Michael Ealy) e o sensacional Eli Gold (Alan Cumming). Eli foi uma das melhores aquisições da série, é um personagem extremamente cativante e peculiar, seu arco com America Ferrera (a eterna Ugly Beth) trouxe uma dimensão incrível para Eli e a química entre Alan e Juliana Margulies é ótima.

Quimica boa mesmo é entre Josh Charles e Christine Baranski, Will Gardner e Diane Lockhart, respectivamente, que é tão bem trabalhada no arco envolvendo o FDP mor da temporada que foi Derrick Bond. Todos os atores em The Good Wife funcionam muito bem e não se limitam a ficar presos em um só núcleo, Eli interage com Diane, mas também tem ótimas cenas com Zach (Graham Phillips), esse tem uma rápida e divertida interação com Kalinda (Archie Panjabi) que se relaciona com Cary (Matt Czuchry) que se alia à Peter Florrick que é filho de Jackie (Mary Beth Peil) que adora dar pitacos em Eli, que comandava a campanha do filho.

A campanha de Peter foi um dos melhores momentos da temporada, foi muito interessante ver os malabarismos do comitê eleitoral para conseguir se sobressair nas pesquisas. Um dos melhores momentos da temporada foi ver Will e Alicia se entendendo e assumindo a atração que um tem pelo outro, coisa mais fácil do mundo é uma série jogar no lixo tudo o que tem de bom por causa de um casal que deve ficar junto, mas só enrola Willicia talvez seja o único casal da TV que funcione bem tanto separado quanto junto.

The Good Wife criou todo um universo no qual se sustentar, principalmente pelos reencontros, afinal, muitas vezes a juíza “in my opinion” deu as caras na série, ou então a peculiar e estabanada advogada Nacy Crozier (Mamie Gummer). Tivemos também a mãezona e advogada Patti Nyholm (Martha Pimptom). Incríveis participações especiais rechearam TGW e fez tudo ficar muito gostoso de assistir, como Miranda Cosgrove (iCarly) em “Bad Girls” ou a recorrente aparição do eterno Marty McFly também conhecido como Michael J. Fox e foi simplesmente ótimo vê-lo atuando com maestria apesar de sofrer de Mal de Parkinson a anos, sua participação em The Good Wife merece ser lembrada por todos como um exemplo de superação.

Além de tudo isso, TGW consegue equilibrar as ótimas e inteligentes cenas do tribunal com mais do que oportunas sacadas divertidas do roteiro, fugindo mais uma vez do lugar comum fazendo uma série jurídica, que logo se espera ser séria, algo leve de assistir ao mesmo tempo em que seus casos semanais interessantes e muito bem trabalhados conseguem criar uma tensão bacana que faz com que o sucesso de The Good Wife seja mais do que merecido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário