sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Terra Nova – 1x01 e 1x02: “Genesis (Pilot)”



Diabos, não é que eu gostei de Terra Nova?!


Se tinha uma série da Fall Season que eu estava com zero de vontade de ver, ela era Terra Nova, diferente da sua “irmã” Falling Skies, as promos não me empolgavam e a história não me comprou de inicio. A única coisa que me atraia na série era o nome de Steven Spielberg, eu que sou fã confesso do cara e cresci vendo Jurassic Park.

Lógico, havia uma certa expectativa de ver Spielberg trabalhar com dinossauros novamente, e a história de uma família disfuncional que viaja à 85 milhões de anos no passado para fugir de um futuro apocalíptico tem lá seu charme e potencial, mas vamos ao episódio de estréia:

Logo no começo descobrimos que Jim Shannon (Jason O’Mara) e sua esposa, Elisabeth (Shelley Conn) vivem na ilegalidade, já que tem três filhos, quando o permitido por lei são apenas dois para controle da superpopulação. A policia local descobre e Jim é preso, até aí tudo bem, dois anos numa cadeia do futuro não devem ser tão ruins assim, até por que o planeta está com superpopulação, mas a cadeia não tem nem meia dúzia de presos. Só que Elisabeth é selecionada para o programa Terra Nova, que nada mais é do que uma fenda no tempo-espaço que leva os humanos à 85 milhões de anos no passado, dando a oportunidade dos humanos recomeçarem a vida numa espécie de Jardim do Eden. Então Jim escapa da prisão de segurança máxima e consegue embarcar clandestinamente para Terra Nova junto com sua esposa e filhos, yay!

Só que Terra Nova também é um local perigoso, já que temos dinossauros muito do megaevil querendo arrancar a cabeça das pessoinhas e tem também Os Sextos, que são humanos que vieram na sexta remessa para Terra Nova e que foram morar na floresta com seus ukuleles e ocasionais furtos de equipamentos, para desgosto de Nathaniel Taylor (Stephen Lang), o capitão badass motherfucker da parada.

Terra Nova tem seus tropeços, que podem ser facilmente resolvidos ao longo dos próximos, usaram e abusaram da apresentação óbvia dos personagens na pressa de mandar todo mundo pra Terra Nova sendo que tinham um piloto de 1h 20min de duração, ou seja, tempo mais que suficiente para apresentar com calma os personagens e o mundo apocalíptico em que a família Shannon vivia. O que não aconteceu, apressaram demais tudo e o mundo apocalíptico ficou pouco palpável, o que só prejudicou no que condiz ao carisma dos personagens, que acabaram se limitando aos clichês do gênero.

Por outro lado, a ambientação do Complexo Terra Nova funcionou muito bem, conseguiram fazer com que acreditemos que tudo era as mil maravilhas pra depois mostrar que eles também tem seus problemas. E o mistério envolvendo as escrituras na pedra é interessante, mas já matei de cara o que é: na certa o filho desaparecido do Capt. Nathaniel sofreu um daqueles lapsos de tempo na passagem do portal e o que era um piscar de olhos para os outros, para ele foi centenas de dias e, ele como belo cientista começou a divagar sobre o horizonte de eventos (Google it!) e anotava os cálculos na pedra, no fim ele ficou louco e... bem, minha teoria só vai até essa parte.

Acredito que o problema de Terra Nova seja justo o que devia ser seu trunfo: os dinossauros. Atrasaram a estréia da série para melhorarem os efeitos e mesmo assim os dinossauros não convencem, isso sem falar da artimanha muito da preguiçosa de embaçar a cena para disfarçar o Chroma key sem vergonha que colocaram na série.

Comparando mais uma vez Terra Nova com Falling Skies, posso dizer que elas são muito parecidas, ambas têm aquele toque Spielberg em mostrar famílias frente a situações difíceis e todas têm tropeços que seriam arrumados tranquilamente. Terra Nova não vai ser a série do ano, talvez não passe do terceiro episódio, muito menos será a queridinha do Emmy, mas dá pra ter 40 minutos semanais de diversão descompromissada.

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