quinta-feira, 8 de setembro de 2011

The Hour – 1ª temporada


AVISO: Este post está livre de comparações entre The Hour e Mad Men.

Quando The Hour, série da BBC britânica que mostra os bastidores de um programa jornalístico controverso em plena década de 50, estreou, chamaram até não poder mais ela de “Mad Men inglês”, coisa que nunca foi demérito, já que Mad Men é espetacular, mas isso não quer dizer que essa comparação faz jus a The Hour. Que se mostra completamente diferente da sua prima bastarda (?!) da AMC.

Logo no começo, somos apresentados à Freddie Lyon (Ben Whishaw), um desbocado jornalista que se vê envolvido numa trama de espionagem relacionado à família que cuidou dele nos períodos da 2ª Guerra. Enquanto isso, Freddie comanda ao lado de sua fiel amiga Bel Rowley (Romola Garai) o novíssimo “A Hora”, um telejornal que promete imparcialidade, apresentado pelo charmoso Hector Madden (Dominic West) que logo se envolve com Bel.

E não demora até que a tal imparcialidade prometida pelo jornal de Bel esbarre nos poderosos da Londres de 50, colocando o chefe de Bel, Clarence (Anton Lesser) em situações difíceis, isso sem falar que a investigação de Freddie apontou para um agente russo na equipe do "A Hora", e a busca por esse agente secreto faz com que The Hour só aumente seu nível.

A caracterização da década de 50 está impecável, e The Hour conseguiu equilibrar e aproveitar as mudanças políticas da época, como as tensões envolvendo a Inglaterra e o Egito (coisa que a gente não aprende na escola, então é bom dar uma pesquisada) para desenvolver seu roteiro bem trabalhado, que consegue entregar informações vitais para a trama com uma naturalidade incrível.

Freddie se destaca não só por ser o protagonista, mas por ser simplesmente cativante, você vibra junto com ele ao descobrir novas pistas sobre a conspiração russa. Isso sem falar que seu relacionamento com Bel é ótimo de se ver, ao tempo em que trocemos para que eles fiquem juntos, torcemos para que não, já que eles funcionam tão bem como amigos, além do mais, ver os olhares de Freddie para Bel só evidencia o talento de Ben Whishaw ao compor o personagem. Sim, Wishaw foi só um destaque, a verdade é que todos os atores de The Hour estavam ótimos, Romola Garai trouxe uma delicadeza incrível à Bel, compondo uma personagem ambiciosa, determinada e ousada. Ao mesmo tempo, Dominic West, que tinha tudo para ser mais um canastrão, conseguiu trazer um charme cafajeste e, ao mesmo tempo, integro a Hector, que cativa a todos. Destaco também a ótima química entre Hector e Freddie, que agem como inimigos à maior parte do tempo, enquanto trabalham juntos e formam uma ótima dupla.

O assunto da censura aos meios de comunicação só ajudou na caracterização da época em que a série se passa, mostrando a visão errônea que tinham de democracia e como os jornais driblavam a censura para realmente passar a prometida imparcialidade. Além de ser muito interessante de ver como eram feitos os telejornais da época, enfim, The Hour é uma boa pedida para quem gosta de uma boa trama de conspiração tirada dos antigos 007, mas também para quem quer conhecer um pouco mais da história dos telejornais, ou até para quem quer simplesmente vibrar com uma ótima série enquanto a Fall Season não chega.

AH, e teremos uma segunda temporada de The Hour!!!!

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